Ansiedade e depressão são termos ora sinônimos, ora diferentes. Eles são considerados as causas principais dos problemas de saúde enfrentados pela humanidade, sobretudo a depressão que é considerada o mal do século. A ansiedade é a sensação de desconforto por algum motivo novo, por exemplo, um medo em frente a um tipo de perigo real ou imaginário. Ela se torna uma disfunção quando começa a prejudicar a vida do sujeito, diminuindo o seu bem-estar e o privando de fazer coisas normais e corriqueiras, se apresenta por excesso de medo, quando o individuo não consegue ficar relaxado, mesmo quando a situação é normal e perde o controle dos seus pensamentos, ficando totalmente a mercê do transtorno.
A depressão, no entanto, é um tipo de distúrbio mental que afeta diretamente o emocional do individuo, é caracterizada por um nível elevado de tristeza e baixa estima que impossibilita o sujeito de viver sua rotina. Alguns sintomas são a dificuldade em se concentrar, medos advindos de coisas novas que antes não existiam, desmotivação, pessimismo, entre outros. Em graus avançados, a depressão é uma doença devastadora, que leva o sujeito a cometer atos extremos, inclusive o suicídio.
Esse tipo de instabilidade mental desencadeou diversos estudos no campo psicanalítico. Entre eles, está o Transtorno de Personalidade Borderline, que trataremos mais a fundo logo abaixo.
O que é Transtorno de Personalidade Borderline?
Esse transtorno é uma circunstância mental de gravidade elevada e bastante complexa, apresentando sintomas instáveis e dilacerantes que podem causar um quadro de caos súbito e infrene para o individuo. O seu diagnóstico é complexo e leva em consideração inúmeros fatores diversos sobre um modelo de instabilidade das relações existentes entre o paciente e o mundo ao seu redor.
Quais os sintomas desse Transtorno?
Alguns fatores devem ser observados para que ocorra o diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline, são eles:
- Instabilidade da própria imagem: Quando o sujeito começa a ter insegurança acerca de si mesmo, da sua autoimagem;
- Comportamento impulsivo;
Esforços acompanhados de desespero: Quando o individuo busca, a todo o momento, evitar um abandono existente ou imaginário; - Relacionamentos instáveis: A relação do sujeito com os outros é inconsistente e marca transições de idealização e desvalorização;
- Comportamento automutilante recorrente: Onde o indivíduo apresenta interesse ou conclui uma conduta que o machuca ou ameaças suicidas;
- Irritabilidade ou ansiedade intensa;
- Disforia de temperamento: Mudança ocorrente de forma repentina de ânimo para um nível de tristeza ou angústia;
- Sentimento persistente de vazio;
- Raiva excessiva;
A genética pode ser determinante para o surgimento deste transtorno, pois ele é mais recorrente em pacientes que tem parentesco com pessoas já diagnosticadas com o transtorno. Atualmente, o diagnóstico se dá pela consideração de diversos fatores e não por um evento isolado. Também é comum a confusão dos sintomas desse transtorno com a bipolaridade, sendo que um ponto marcante do primeiro é o intervalo para a mudança de atos ou sentimentos, ocorrendo em um espaço curto de tempo. O profissional deve, portanto, saber lidar com o paciente após o seu diagnóstico. Para aumentar a precisão do diagnóstico, é recomendável que se faça exames físicos e testes de laboratório com o paciente para eliminar fatores sem consideração.
Todos esses distúrbios estão cada vez mais presentes na sociedade, de acordo com o seu desenvolvimento desenfreado e cada vez mais repentino. O importante é conseguir fazer com que o sujeito que sofre com algum destes transtornos perceba a necessidade de tratamento e possa procurar um, para assim garantir a sua melhora e a segurança dos outros. Essa instabilidade pode ser perigosa para quem o rodeia e o diagnóstico preciso é a sua melhor chance na luta contra essas doenças.
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