Os homens deixaram o medo e a vergonha de lado e estão, cada vez mais, procurando auxílios e orientações em consultórios de terapia.
Muitos dos questionamentos, que até então eram exclusivamente das mulheres, hoje, os homens também estão levando para o divã.
E, também, são debatidos temas que são questionamentos de natureza exclusivamente masculina.
Cumprir as exigências da sociedade
Atualmente, muitos homens reclamam, aos especialistas, que se sentem cobrados pela sociedade pelo motivo de ainda terem que ser os provedores dos lares, os chefes das famílias, os homens garanhões e imbatíveis.
A crise econômica está afetando fortemente a vida dos homens. O medo de perder o emprego, de perder a qualidade de vida, a incerteza do futuro, tudo isso têm atraído doenças, como: a ansiedade, o estresse e a depressão.
Também aqueles que perderam os seus empregos estão com dificuldades para si recolocar profissionalmente. A queda na qualidade de vida e as desavenças com familiares, devido à falta de dinheiro, ajuda no surgimento de doenças que afetam até o desempenho sexual.
Outras queixas levadas ao consultório são: a falta de administração do tempo, a manutenção do sucesso profissional, o transtorno obsessivo compulsivo, síndrome do pânico, pressões no trabalho, redirecionamento de carreira, conflitos internos, distúrbios do sono e do apetite.
Também os homens têm buscado o divã pela necessidade de ter um espaço seguro e privado, para expressar suas emoções e seus sentimentos, os quais têm vergonha de contar para os seus familiares e para os seus amigos.
Falta de comunicação
A falta de diálogo, principalmente para ajudar a resolver determinadas questões que surgem nos relacionamentos, é uma entre as maiores queixas masculinas.
As boas conversas e a troca de conhecimentos, que ajudam enriquecer os relacionamentos, são ditos, pelos homens, como fatos ausentes no convívio com as suas parceiras, causando afastamento entre ambos e esfriando os relacionamentos, levando, assim, os relacionamentos ao risco de serem extintos.
Como por outro lado, muitos homens reclamam sobre as parceiras que tentam controlar as suas vidas. A possessão e o ciúme, por parte delas, os fazem sentirem pressionados e, desse modo, eles ficam desanimados para continuar o relacionamento.
Os homens se queixam de mulheres que querem saber de todos os seus passos, com quem eles se relacionam, cobram satisfações, investigam as redes sociais, vasculham o seus objetivos pessoais e equipamentos eletrônicos, como: computadores e celulares.
Também o bom humor e a leveza na convivência, que tinham no início do relacionamento, desapareceram com o passar do tempo, sendo esses uns dos motivos de discussões no divã.
As características das parceiras que os fizeram se apaixonar por estas, que agora estão (as características) ausentes na relação entre esses casais, também se tornaram motivos para questionamentos no consultório.
Desarmonia nos relacionamentos
Uma queixa frequente feita pelos homens, é a falta de desejo sexual por parte das suas parceiras, principalmente em relacionamentos mais longos. A falta de carinho e de iniciativa sexual delas os fazem se questionar se estão sendo homens o suficiente nos seus relacionamentos.
Também reclamam das mulheres que não reconhecem os esforços deles. Mesmo que eles (os homens) se empenhem a fazer as tarefas, no entanto para elas nunca é o bastante. E, muitas entre elas, fazem desdém dos seus esforços, relatam os homens.
O fato também das mulheres se descuidarem da própria aparência, é uma das grandes queixas levadas pelos homens aos consultórios, principalmente quando isso acontece após o casamento.
Eles alegam que mesmo que elas cuidem dos filhos e tenham uma dupla jornada, porém isso não é motivo para elas terem deixado de cuidar de si próprias.
As queixas sexuais são: a ejaculação precoce, a falta de vontade de fazer sexo por parte da parceira, a perda do apetite sexual por parte do próprio homem e desejos sexuais de cunho negativo, considerados nocivos pela sociedade.
Conclusão
É considerado um avanço, por parte dos homens de hoje que por séculos colocaram-se sempre como insensíveis e fortes, o reconhecimento da necessidade da orientação terapêutica.
Agora, o homem compreende que não é vergonhoso pedir ajuda a um especialista para buscar resolver os seus problemas. E que ele, o homem, pode buscar uma vida melhor para si e para a sua família, através da terapia.