Antes de entendermos suas nuances, é necessário entender o que é o Narcisismo para a psicanálise. Para Freud, o narcisismo é um processo de desenvolvimento pessoal. É uma fase que marca a passagem autoerotismo, ou seja, do prazer que é concentrado no próprio corpo, para eleição de outro ser como objeto de amor.
Dessa forma, podemos separar em duas vertentes: Narcisismo Primário e Secundário;
O Narcisismo Primário se caracteriza na fase inicial da vida, como as primeiras semanas após o nascimento. Para o recém-nascido, todos os objetos a sua volta, tal como sua mãe, são partes de si próprio. Ou seja, vemos nesse momento, que a criança se vê plenamente satisfeita em si mesma, já que em sua mente, tudo pertence faz parte de si própria, e que ela é o centro de seu mundo. Dentro de algumas semanas, a criança começa a perceber que seus desejos, como fome, frio e sede, só são sanados por outro coisa, ou outro alguém, e essa fase começa a se encerrar.
Após essa fase, a criança começa a desejar os objetos externos que lhe satisfaçam, como o seio materno ou a mamadeira. Como nem sempre esse desejo consegue ser sanado na hora que a criança deseja, sua energia volta-se para dentro de si, para o Ego, onde nasce o Narcisismo Secundário.
O Desejo da criança, e de todos os indivíduos, é uma busca de satisfação, que pode estar associada a objetos concretos, mas que tem por base a Pulsão, que é uma energia inconsciente, que se expressa na psique. O Desejo nunca é sanado por completo e sempre se associa a uma falta, e essa Pulsão salta de objeto para objeto ao longo da vida do indivíduo. Essa necessidade de suprir o desejo não é sanada tão facilmente quanto a fome, por exemplo, já que a mesma desencadeia no sujeito a busca por alimento, e seu suprimento é a satisfação plena, ainda que temporária, até novo ciclo começar!
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